07/04
2015
Uma cobra da espécie Pseudoboa nigra, popularmente chamada de mussurana ou cobra-preta, foi encontrada por uma analista ambiental do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga) durante atividades de supressão vegetal do reservatório Mangueiras, Lote 2 do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF). O fato curioso é que essa espécie é conhecida por manter padrões de coloração melânico (preto) e malhado, mas a que foi encontrada tem o corpo mais branco que preto, o que a torna mais incomum.
Animal dócil, semi-peçonhento (os dentes que inoculam a peçonha ficam no fundo da boca e não apresentam um canal perfeito para inoculação de veneno, apenas um sulco por onde a peçonha escorre), alimenta-se principalmente de pequenos lagartos e cobras. Esta serpente é muito confundida com a mussurana do gênero Clelia que se alimenta de outras cobras, inclusive venenosas como a jararaca. A mussurana (Clelia sp.) é o símbolo do Instituto Butantan, representando um antigo dualismo - o bem contra o mal, o soro contra a peçonha. A principal diferença entre elas está na contagem das escamas embaixo da calda: a Pseudoboa tem uma fileira única e a Clelia tem uma fileira dupla.
De acordo com a médica veterinária Gabriela Felix o animal, que encontra-se saudável não necessitando de mais nenhum cuidado clínico, será devolvido à natureza nesse domingo, 12, em área de conservação de bom estado, nas proximidades de onde foi resgatada.
Fonte: Jaquelyne Costa ASCOM/CEMAFAUNANossa atuação
O Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga, sediado em Petrolina-PE, atua em todo o semiárido nordestino do Brasil, abrangendo uma área de 982.563,3 km². Além de contemplar os diversos municípios impactados pelo Projeto de Integração do São Francisco (PISF) nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, o Centro desempenha um papel fundamental na reabilitação de animais silvestres. Essas ações de conservação ex situ são realizadas em sua unidade do CETAS, onde animais provenientes das atividades de supressão do PISF e das operações de combate ao tráfico de fauna, conduzidas por órgãos municipais, estaduais e federais, são acolhidos e cuidados.
São 12 anos de monitoramento. Este é um monitoramento de fauna, de longa duração, realizado na Caatinga Sensu Stricto por nossos analistas ambientais e pesquisadores.
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Campus Ciências Agrárias, BR 407, Km 12, lote 543, Projeto de Irrigação Nilo Coelho - S/N C1 CEP. 56.300-000, Petrolina - Pernambuco - Brasil - www.cemafauna.univasf.edu.br
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