15/12
2016
A ciência da Primatologia esteve em pauta durante palestras promovidas pelo Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga) e o programa de Pós-graduação Ciências da Saúde e Biológicas da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) nos dias 8 e 9 desse mês. Os eventos atraíram muitos estudantes e profissionais das áreas da biologia, medicina veterinária e zootecnia.
A primeira palestra, na quinta-feira (08), foi ministrada pelo biólogo e professor doutor Rodrigo Salles de Carvalho com o tema “Pesquisa científica e conservação de primatas”, discorrendo sobre seu caminho profissional, as experiências do doutorado e ações conservacionistas que demandam tempo e, no entanto, são muito necessárias e enriquecedoras. “Hoje eu trabalho com duas coisas relativamente distintas, mas que se complementam: a pesquisa científica propriamente dita e todo um universo de conservação paralelo a ela. Muitas vezes o aluno tem um amor ao mundo da biologia que é vinculado a hipóteses científicas e em outras também a questões mais filosóficas, mais amplas”, afirmou.
Ainda de acordo com o especialista, as mais de 300 espécies de primatas existentes no mundo têm sofrido grande pressão de caça, a exemplo de Madagascar onde quase todas as espécies são consideradas ameaçadas de extinção. No Brasil, onde há cerca de 110 espécies, ainda é possível preservar boa parte da fauna e da flora graças a extensão do seu território, porém, nos biomas Mata Atlântica e Caatinga concentra-se o maior número de primatas ameaçados. Um dos principais problemas é a destruição do habitat desses animais devido ao desmatamento, à urbanização.
A segunda palestra, na sexta-feira (09), teve como tema “Assinaturas genéticas e fenotípicas de hibridização natural em saguis (Callithrix spp)” ministrada pela bióloga e professora doutora Joanna Malukiewicz. “Nessa palestra eu apresentei o que acontece geneticamente e morfometricamente com essas espécies de saguis fazendo um comparativo entre hibridização natural e hibridização antropogênica. Aqui na região esse fenômeno não prejudica o meio ambiente, até porque estudos mostram que hibridização faz parte de evolução das espécies”, disse.
Para a estudante do Curso de Ciências Biológicas, Mariana Macário, as palestras foram objetivas e estimulantes. “Além de uma apresentação fantástica, contribuíram imensamente para despertar ideias acerca da vida profissional. Foi uma grande oportunidade de adquirir conhecimento”, concluiu.
Fonte: Jaquelyne Costa/Ascom CemafaunaNossa atuação
O Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga, sediado em Petrolina-PE, atua em todo o semiárido nordestino do Brasil, abrangendo uma área de 982.563,3 km². Além de contemplar os diversos municípios impactados pelo Projeto de Integração do São Francisco (PISF) nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, o Centro desempenha um papel fundamental na reabilitação de animais silvestres. Essas ações de conservação ex situ são realizadas em sua unidade do CETAS, onde animais provenientes das atividades de supressão do PISF e das operações de combate ao tráfico de fauna, conduzidas por órgãos municipais, estaduais e federais, são acolhidos e cuidados.
São 12 anos de monitoramento. Este é um monitoramento de fauna, de longa duração, realizado na Caatinga Sensu Stricto por nossos analistas ambientais e pesquisadores.
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Campus Ciências Agrárias, BR 407, Km 12, lote 543, Projeto de Irrigação Nilo Coelho - S/N C1 CEP. 56.300-000, Petrolina - Pernambuco - Brasil - www.cemafauna.univasf.edu.br
Fundação Universidade Federal do Vale do São Franscisco