24/04
2018
“Por que as abelhas estão desaparecendo?” é o tema da quarta sessão do projeto científico-cultural 'First Friday', realizado pelo Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga), situado no Campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina-PE. O Cemafauna convida a comunidade local e acadêmica para no dia 04 de maio, às 16h, no auditório do Museu de Fauna da Caatinga discutir sobre o tema proposto a ser ministrado pela ecóloga, pesquisadora/colaboradora do Laboratório de Entomologia do Cemafauna, Pós doutora em Genética e Evolução de Hymenoptera pela Universidade Federal de São Carlos, Aline Andrade.
Segundo a conferencista, dois terços dos alimentos que nós ingerimos são cultivados com a ajuda das abelhas. Na busca de pólen, esses insetos polinizam espécies nativas e culturas agrícolas. Em tempos em que a escassez mundial de comida é pauta das autoridades no assunto – como a recomendação da ONU para consumir mais insetos – a perspectiva de ficar sem a ajuda desses seres no abastecimento alimentar seria alarmante. E é o que está acontecendo. Em 2006, apicultores nos Estados Unidos começaram a notar que suas colônias de abelhas estavam desaparecendo. O fenômeno foi batizado de colony collapse disorder (síndrome do colapso da colônia, CCD). Sete anos depois, o sumiço continua: no inverno de 2012 para 2013, dado mais recente, 31% das abelhas americanas deixaram de existir.
O fenômeno se repetiu na Europa, onde, segundo um levantamento do Coloss, rede de cientistas de mais de 60 países que estuda o sumiço das abelhas, algumas regiões perderam até 53% de suas colônias nos últimos anos. Japão, China e o Brasil também reportaram problemas – apicultores de Santa Catarina relataram que um terço das 300.000 abelhas do Estado bateu asas em 2012.A escassez de polinizadores já afeta alguns cultivos. No Brasil, segundo especialistas, a redução de insetos afetou a plantação de maçãs, embora as perdas não tenham sido quantificadas. “Se o problema continuar, o modelo atual de fazendas vai se tornar insustentável. O custo de produção vai subir para o produtor e para o consumidor final, de modo que diversos fazendeiros podem acabar deixando a atividade”, afirma o físico brasileiro Paulo de Souza, estudioso do tema na Organização Nacional de Pesquisa Científica e Industrial da Austrália.
Sobre a conferencista
Possui graduação em Ecologia (2001). Graduação em Ciências Biológicas (2004). Especialização em Educação Ambiental pela Faculdade Pitágoras (2005). Especialização em Educação pela Faculdade Pitágoras (2007). Especialização em Biomonitoramento e Manejo e Fauna Silvestre (2009). Mestre em Ecologia e Conservação de Caatinga (2010). Doutora em Entomologia pela Universidade de São Paulo (2015). Professora Associada na Universidade Federal do Vale do São Francisco (2015). Pós-doutora em Genética e Evolução de Hymenoptera pela Universidade Federal de São Carlos (2016). Pesquisadora/Colaboradora na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP. Autora do projeto sobre a habilidade de dispersão e estrutura genética de agregações noturnas de machos da espécie de abelha Euglossa melanotricha em áreas de Caatinga. Supervisora do projeto sobre a diversidade, estrutura genética e habilidade de dispersão das populações de abelhas Euglossini em áreas de Caatinga florestada da Chapada Norte, Bahia. Coordenadora da proposta sobre a variação estacional nas atividades de forrageamento, incluindo os fatores comportamentais mediados por sinalização química e parentesco genético na dinâmica das populações de espécies de abelhas endêmicas da Caatinga. Tem experiência nas áreas de Comportamento Animal, Ecologia Química e Ecologia genética, atuando principalmente com espécies de abelhas da Caatinga, particularmente, a Tribo Euglossini.
First Friday
Uma vez por mês, o Museu de Fauna fica aberto até as 18 horas para uma discussão científica emocionante seguida de um happy hour e um passeio pelo Museu, onde a pessoa conhecerá o acervo de cerca de 40 peças de animais silvestres taxidermizados, todos do bioma Caatinga. Esse é um programa para um público de todas as idades interessado em discutir de forma dinâmica CIÊNCIA. Com início previsto para as 16 horas, as palestras têm duração mínima de 1 hora. A entrada é limitada em 100 participantes que devem realizar sua inscrição (informando seu nome completo, CPF, telefone e e-mail para o endereço museu.cemafauna@univasf.edu.br) no valor de R$ 10,00 até a quinta-feira que antecede a sessão e realiza o pagamento no dia do evento na recepção do Necmol do Cemafauna com Karelly Menezes.
A coordenação comunica ainda que para receber o certificado é preciso participar do primeiro ciclo das cinco sessões que acontecerão ao longo desse primeiro semestre. Aos participantes também será concedido o transporte para deslocamento no término da sessão saindo do Cemafauna até a Univasf Campus Centro.
Serviço
First Friday - 4ª sessão de 2018
Tema - ‘Por que as abelhas estão desaparecendo?’
Data - 04/05/2018
Horário - 16h
Local - Auditório do Museu de Fauna da Caatinga, Campus de Ciências Agrárias da Univasf, BR 407, Km 12, lote 543, Projeto de Irrigação Nilo Coelho - S/N C1 em Petrolina-PE.
Outras informações – museu.cemafauna@univasf.edu.br
Fonte: Jaquelyne Costa/ Ascom CemafaunaNossa atuação
O Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga, sediado em Petrolina-PE, atua em todo o semiárido nordestino do Brasil, abrangendo uma área de 982.563,3 km². Além de contemplar os diversos municípios impactados pelo Projeto de Integração do São Francisco (PISF) nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, o Centro desempenha um papel fundamental na reabilitação de animais silvestres. Essas ações de conservação ex situ são realizadas em sua unidade do CETAS, onde animais provenientes das atividades de supressão do PISF e das operações de combate ao tráfico de fauna, conduzidas por órgãos municipais, estaduais e federais, são acolhidos e cuidados.
São 12 anos de monitoramento. Este é um monitoramento de fauna, de longa duração, realizado na Caatinga Sensu Stricto por nossos analistas ambientais e pesquisadores.
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Campus Ciências Agrárias, BR 407, Km 12, lote 543, Projeto de Irrigação Nilo Coelho - S/N C1 CEP. 56.300-000, Petrolina - Pernambuco - Brasil - www.cemafauna.univasf.edu.br
Fundação Universidade Federal do Vale do São Franscisco