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2024
Pesquisador do Cemafauna destaca ações de conservação da fauna da Caatinga no evento “Tecer Diálogos” da UPE Petrolina
Na última terça-feira (26), o evento promovido pela Universidade de Pernambuco (UPE Petrolina) “Tecer Diálogos: Proteção do Bioma Caatinga, lugar de adaptação e ensinamentos” reuniu pesquisadores e especialistas para discutir os desafios e as soluções voltadas para a conservação do bioma Caatinga. Entre os destaques da programação, a segunda mesa-redonda, intitulada “Biodiversidade da Caatinga: Conservação da Fauna e Flora”, contou com a participação do analista ambiental e pesquisador Paulo de Tarso Santos, do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna) sediado no Campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
O analista ambiental e pesquisador, Paulo de Tarso Santos, destacou as ações realizadas pelo Cemafauna, especialmente as voltadas para a proteção e reabilitação de espécies endêmicas da Caatinga. Ele frisou a importância de iniciativas que unem pesquisa e educação científica, e o engajamento da comunidade local, mas também ressaltou as dificuldades enfrentadas pela instituição, especialmente diante dos desafios impostos pelo aquecimento global.
“O Cemafauna tem trabalhado para mostrar que a biodiversidade da Caatinga é única e essencial. Atuamos não só no resgate e cuidado de espécies impactadas pela atividade humana, mas também na disseminação de conhecimento, fortalecendo a educação ambiental como uma ferramenta para transformar realidades. No entanto, enfrentamos desafios crescentes, especialmente devido aos efeitos do aquecimento global. As mudanças no regime de chuvas, o aumento das temperaturas e a intensificação de períodos de seca têm afetado drasticamente os habitats das espécies que buscamos proteger. Isso torna nosso trabalho ainda mais urgente e difícil,” afirmou Paulo de Tarso.
Ele ressaltou que, apesar das dificuldades, o Cemafauna continua investindo em estratégias de mitigação e adaptação, bem como em parcerias com outras instituições para garantir a continuidade de suas ações. “Acreditamos que o futuro da conservação depende de unir ciência, prática e engajamento da população. Precisamos urgentemente de mais apoio e conscientização sobre os impactos do aquecimento global na biodiversidade da Caatinga,” concluiu o analista.
A mesa-redonda foi mediada por Danielle de Souza, professora da UPE, que pontuou a relevância do diálogo interdisciplinar para a proteção do bioma. O “Tecer Diálogos” promoveu um espaço rico de trocas, reafirmando o compromisso da ciência e da sociedade na defesa de um dos biomas mais singulares e desafiadores do Brasil.
Fonte: Texto: Jaquelyne Costa - Ascom Cemafauna/UnivasfNossa atuação
O Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga, sediado em Petrolina-PE, atua em todo o semiárido nordestino do Brasil, abrangendo uma área de 982.563,3 km². Além de contemplar os diversos municípios impactados pelo Projeto de Integração do São Francisco (PISF) nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, o Centro desempenha um papel fundamental na reabilitação de animais silvestres. Essas ações de conservação ex situ são realizadas em sua unidade do CETAS, onde animais provenientes das atividades de supressão do PISF e das operações de combate ao tráfico de fauna, conduzidas por órgãos municipais, estaduais e federais, são acolhidos e cuidados.
São 12 anos de monitoramento. Este é um monitoramento de fauna, de longa duração, realizado na Caatinga Sensu Stricto por nossos analistas ambientais e pesquisadores.
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Campus Ciências Agrárias, BR 407, Km 12, lote 543, Projeto de Irrigação Nilo Coelho - S/N C1 CEP. 56.300-000, Petrolina - Pernambuco - Brasil - www.cemafauna.univasf.edu.br
Fundação Universidade Federal do Vale do São Franscisco